2 de outubro de 2014

Energia barata para atender às necessidades dos trabalhadores!


Por um plano socialista para produção de energia na Amazônia paraense
O governo e a grande mídia criam um discurso de que quem é contra os grandes projetos hidrelétricos no país é contra o desenvolvimento, contra a tecnologia, que essas pessoas deveriam ir morar em ilhas isoladas, sem eletricidade e sem nenhum tipo de tecnologia.
Esse discurso sectário e reacionário é pura demagogia para esconder os verdadeiros interesses do capital para Amazônia – especialmente o grande capital estrangeiro. Belo Monte é a maior prova disso, um projeto pensado no governo Militar e que foi retomado pelo governo do PT.
Mas a grande armadilha desse discurso, que muitas vezes mesmo os círculos da esquerda caem é de rebater esse discurso apenas apontando para geração de energia para desenvolver o país com menores impactos. Essa é uma questão importante. Mas para nós do PSTU o fundamental do problema está na forma do desenvolvimento capitalista implantado no Brasil, especialmente na Amazônia.
A inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho é do país como fornecedor de produtos primários, pouco industrializados, ou manufaturados. Somos o chamado “celeiro do mundo”.  Exportamos minério e produtos agrícolas. A isso se limita a produção brasileira para o mercado internacional. O problema é que esse tipo de industria é a que mais destrói o meio ambiente, emprega pouca mão de obra e com pouca especialização e consome quantidades cavalares de energia elétrica. Vários países proibiram indústrias de papel e de alumínio, por exemplo. O Japão fez isso na década de 1980.
Nós não produzimos tecnologia, somos uma colônia tecnológica importamos quase tudo que precisamos neste campo. Esse sempre foi o plano do imperialismo para o Brasil. Somos a mão de obra barata para fazer coisas simples, sem especialização. Por isso, o governo não investe em desenvolvimento científico.
O governo brasileiro, orientado pelos organismos de controle do imperialismo, vai na contramão das necessidade do povo e dos trabalhadores brasileiros e quer expandir exponencialmente a produção de produtos primários manufaturados e semi-industrializados. O que significa que muitos Belo Montes ainda vem por aí, como é o caso do complexo hidrelétrico no rio Tapajós, que será composto por 5 hidrelétricas.
Por uma saída socialista dos trabalhadores para produção de energia no Pará
Todas as saídas apontadas para resolver o problema energético no Pará e no Brasil dentro do sistema capitalista estão fadadas a fracassar. O problema da produção energética reside essencialmente na própria forma de desenvolvimento capitalista implantado no Brasil, especialmente na Amazônia.
O Pará é um dos estados que mais contribui com a balança comercial brasileira. Não ao contrário disso, mas exatamente por conta disso, somos um dos estados mais pobres, mais espoliados, vivemos um verdadeiro saque das riquezas do nosso estado por empresas inescrupulosas, em sua maioria, transnacionais ligadas ao capital financeiro norte americano e europeu. Mesmo a Vale considerada uma das maiores empresas brasileiras, hoje é dominada pelo capital financeiro internacional.
É preciso inverter as prioridades da indústria, produzir bens de consumo para melhorar a vida das pessoas no Brasil, em especial na região Amazônica. Parar de expandir a produção dos chamados eletrointensivos e investir em tecnologia para que possamos aproveitar a produção que já está instalada para produzir produtos com valor econômico e social agregados, gerando mais empregados e empregos melhores.

Teríamos um aproveitamento melhor dos nossos recursos, isso permitiria investir também em tecnologias alternativas de produção de energia e renovar os equipamentos do sistema aumentando a quantidade de energia disponível sem precisar construir nenhuma nova usina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário