1 de maio de 2015

1º de maio classista e socialista toma conta das ruas de Belém

Cerca de 300 pessoas se reuniram hoje, no Mercado de São Brás, para realizar um ato público em alusão ao Dia Internacional do Trabalhador. No dia 1º de maio, trabalhadores e estudantes foram às ruas de Belém lembrar o caráter de luta desta data e mostrar que, em nível nacional e estadual, os trabalhadores e trabalhadoras não têm muito o que comemorar. 
Enquanto este ato denunciava as medidas de Dilma Roussef (PT) que atacam o seguro desemprego, abono do PIS e a pensão por morte, além do PL 4330 (das terceirizações), outro ato acontecia. Na Praça do Operário, também em São Brás, estava o concentrado o ato chamado por centrais de apoio ao governo, como CUT e CTB. “Infelizmente, a unidade não foi possível, pois é inadmissível defender um governo que está rasgando a CLT e atacando nossos direitos. Fazemos um chamado a essas centrais para que rompam com o governo e fortaleçam a luta dos trabalhadores”, disse Abel Ribeiro, dirigente estadual da CSP-Conlutas. 
Entre professores, operários da construção civil, servidores das universidades, jornalistas e estudantes, estava o também operário e vereador de Belém pelo PSTU, Cleber Rabelo. Segundo ele, este dia é símbolo da luta mundial dos trabalhadores contra os governos e o sistema capitalista, que os exploram e oprimem.  “Os governos, tanto do PT, PMDB e PSDB atacam cada vez mais e ferem direitos históricos conquistados. É por isso que tem muita luta no país e no mundo. Os trabalhadores estão se levantando e este 1º de maio é parte disso. Para garantir nossos direitos, é preciso construir a greve geral, mas para acabar com toda a opressão e exploração, é preciso destruir este sistema e construir a sociedade socialista.”, falou. 

No Pará, trabalhadores sofrem com o governo do PSDB
 
O caos que os trabalhadores do Pará vivem em decorrência dos péssimos governos do PSDB no estado é gritante. A educação sofre uma profunda crise com cortes e mais cortes no orçamento. Os professores da rede estadual de ensino. Ambos enfrentam a intrasigência do governador Simão Jatene e seu secretário de educação, Helenilson Pontes. 

A luta contra as opressões também é parte do 1º de maio

Se é verdade que os trabalhadores sofrem, de modo geral, com os ataques dos governos e patrões, também é verdade que os setores oprimidos da classe trabalhadora sentem isso de forma mais forte. Mulheres, negros e negras, gays, lésbicas, travestis e transexuais, além de lidar com todo o preconceito do dia-a-dia, ainda têm que lidar com um alto grau de exploração. 
“Nós, mulheres, seremos atingidas de uma forma devastadora com essa política de arrocho e retirada de direitos. Somos nós que estamos nos postos de maior rotatividade no mercado de trabalho e ainda recebemos menos do que os homens, mesmo ocupando a mesma função”, denunciou Gizelle Freitas, integrante do Movimento Mulheres em Luta (MML). 

Terceirização é a moderna escravidão 

Ilvandro, 25, trabalha há sete meses em uma empresa terceirizada, na área da construção civil de Belém. O jovem operário conta que foi parar no setor depois de ser demitido da área industrial, onde trabalhava como mecânico. “Sabe como é: corte de investimentos e despesas é igual à demissão. Aí eu tive que me virar... Não dá pra ficar sem trabalhar!”, disse com um sorriso no rosto.
Mas o sorriso desapareceu quando o ajudante de eletricista começou a falar das condições de trabalho as quais está submetido diariamente. “Pra tu veres só, eu sou ajudante de eletricista, mas na minha carteira de trabalho ainda está ‘ajudante geral’. Estou ganhando menos para fazer um trabalho mais especializado”, contou.
Essa é a realidade de muitos, principalmente nas empresas terceirizadas. E os problemas não param por aí. A exploração é mais intensa e há diferenças, inclusive no tratamento. “Eu percebo que tratam melhor os trabalhadores da empresa que é dona da obra, enquanto que os que são terceirizados, eles não se sentem responsáveis. Um sintoma disso é que nós não temos técnicos de segurança e somos mais pressionados a fazer serviços que normalmente não faríamos. Mas muitos têm medo da pressão e acabam fazendo”, explicou Ilvandro.
A tarefa está dada aos trabalhadores. É preciso derrotar o PL das terceirizações, as medidas provisórias 664 e 665, assim como o ajuste fiscal de Dilma (PT) e demais partidos da direita. Contra os banqueiros, empreiteiros, corruptos e seus partidos aliados, é preciso unidade da classe trabalhadora para construir uma greve geral. 

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